Inicialmente, é válido lembrar que o uso da terapia canábica no Brasil é direcionada, exclusivamente, para fins medicinais, o seu uso recreativo é proibido.
As indicações da Cannabis Medicinal crescem principalmente em pacientes que não respondem as terapias farmacológicas e cirúrgicas convencionais. Os derivados desta substância podem ser utilizados em áreas diversas, principalmente nos campos da neurologia, dor crônica, psiquiatra e oncologia.
O Canabidiol e o THC são os fitocanabinoides mais estudados, suas propriedades farmacológicas estão sendo estudadas em diversas doenças. Apesar do Conselho Federal de Medicina ( CFM) ainda não ter se posicionado claramente sobre quais doenças os médicos estão autorizados a prescrever Cannabis, o seu no Brasil é autorizado.
O CFM já confirmou a liberação do tratamento da epilepsia de difícil controle com óleos ricos em Canabidiol, assim como já é preconizado nos Estados Unidos e na Europa, se baseando na literatura científica.
Existe um crescimento na indicação médica de Canabidiol, para condições que não respondem aos métodos tradicionais, provavelmente por causar menores efeitos colaterais e a possibilidade de diminuição das doses dos demais medicamentos, devido a ativação da via endocanabinóide.
Mas fica o alerta da prescrição médica indiscriminada da terapia canábica, no meio médico, entre profissionais não especialistas.
No Brasil, ainda não temos um direcionamento claro de quando podemos iniciar o seu uso, durante um tratamento médico. Em outros países, por exemplo, o canabidiol já tem sido preferido ao uso dos opióides em determinadas doenças, principalmente no tratamento de dores de difícil controle, ou associado ao uso de opióides nas doenças oncológicas.
Na neurologia, o uso do Canabidiol não é primeira escolha medicamentosa em nenhum tratamento.
Mas existem doenças que apresentam uma indicação de uso da terapia com Cannabis Medicinal, entre elas:
- Epilepsia refrataria : síndrome de Dravet e Lennox – Gastaut;
- Espasticidade em pacientes com esclerose múltipla;
- Dor crônica refrataria aos opióides em adultos;
- Dores neuropáticas de difícil controle, já tratadas cirurgicamente, principalmente associadas a um componente de sofrimento emocional!
- Doenças neurodegenerativas sem outras possibilidades terapêuticas disponíveis.
Busque se informar antes de iniciar da terapia canábica, ela não é isenta de riscos, necessita acompanhamento médico e uso contínuo.