Enxaqueca em Crianças e Adolescentes

O que é enxaqueca?

 

A enxaqueca é uma condição neurológica que não afeta apenas adultos; crianças e adolescentes também podem sofrer com essa doença debilitante. Embora muitas pessoas pensem é um problema exclusivo dos adultos, estudos mostram que cerca de 9,1% das crianças e adolescentes apresentam enxaqueca.

Estima-se que 10% das crianças entre os 5 e os 15 anos tenham enxaqueca e a enxaqueca também é responsável por 75% das dores de cabeça em crianças que são encaminhadas para avaliação em uma consulta neurológica.

Quais são os sintomas de enxaqueca em crianças e adolescentes?

Em crianças e adolescentes a enxaqueca pode se manifestar de forma diferente em comparação aos adultos.Reconhecer os sintomas e procurar tratamento adequado é crucial para melhorar a qualidade de vida dos jovens afetados.

Os critérios reconhecem que as enxaquecas de crianças e adolescentes podem ser mais curtas, mas podem durar pelo menos duas horas, e a dor pode ser bilateral, localizada nas regiões frontotemporais da cabeça ou  podem ter a característica de ser não pulsátil.

As manifestações clínicas podem variar dependendo da idade da criança. As crianças muitas vezes parecem doentes, têm dores abdominais, vômitos e vontade de dormir em um quarto escuro; expressam sua dor ficando irritados, balançando-se ou chorando sem motivo aparente.

Crianças em idade escolar (5 a 10 anos) apresentam como manifestações da enxaqueca dores de cabeça bilaterais, localizadas na região de fronte, têmporas e próximos a região dos olhos. Além disso podem apresentar dores abdominais, náuseas, vômitos, fonofobia (irritação com sons e barulho), fotofobia (irritação e piora dos sintomas com a claridade e a luz), necessidade de dormir, fácies típica de enxaqueca, lacrimejamento, sede, sudorese excessiva, edema, aumento da micção ou diarreia.

Em crianças mais velhas, a intensidade da dor de cabeça é intensa e dura mais tempo.

Enquanto nos adultos a dor é frequentemente de um lado apenas da cabeça do tipo pulsátil, em jovens ela pode ser bilateral e com características menos definidas.

Os desafios começam no diagnóstico. Muitas vezes, as queixas de dor de cabeça em crianças são subestimadas ou mal interpretadas pelos pais e profissionais de saúde. Entender que enxaqueca é uma possibilidade real nessa faixa etária é o primeiro passo para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

Sintomas e Diagnóstico da Enxaqueca em Jovens e seus desafios

 

A enxaqueca, tanto na população pediátrica como em adultos, é subdiagnosticada. Para diagnosticar a enxaqueca, os médicos geralmente baseiam-se na história clínica detalhada e em um exame físico. Não existem exames específicos para diagnosticar a enxaqueca, mas os exames de imagem e de sangue podem ser feitos para excluir outras condições clínicas que possam causar dor de cabeça.

Os sintomas da enxaqueca em crianças e adolescentes podem variar, tornando o diagnóstico um desafio. Além da dor de cabeça, que pode ser moderada a severa, outros sintomas comuns incluem náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia). Em alguns casos, os jovens podem experimentar a aura, que são distúrbios visuais ou sensoriais que precedem a dor.

A enxaqueca pode ser desencadeada por diversos fatores, como estresse, mudanças hormonais, certos alimentos e falta de sono. Identificar esses gatilhos é essencial para a prevenção.

Os pais devem estar atentos a padrões e possíveis causas das crises de enxaqueca em seus filhos, registrando os episódios em um diário de dor de cabeça, o que pode ajudar no diagnóstico. O diagnóstico precoce e preciso é fundamental para iniciar o tratamento e melhorar a qualidade de vida dos jovens pacientes.

 

Como reconhecer possíveis agravantes da crise de enxaqueca em adolescentes e crianças?

 

Os fatores ambientais estao muito relacionados com a frequência das crises e a gravidade dos sintomas. É importante identificá-los para que o tratamento seja mais eficaz e efetivo.

Os fatores dietéticos, como o consumo de bebidas ou alimentos podem ser gatilhos a crises de enxaqueca:

 

  • bebidas alcoólicas
  • excesso de cafeína
  • adoçantes artificiais
  • tiramina (queijos envelhecidos, peixes defumados, carnes curadas)
  • nitratos e nitritos (conservantes em carnes processadas)
  • glutamato monossódico (molhos prontos, como de soja, mostarda e salada ,temperos prontos, salgadinhos de pacote, carnes processadas, como linguiças, bacon e curadas, sopas em pó ou enlatadas, macarrão instantâneo)

 

Fatores ambientais relacionados as crises de enxaqueca em crianças e adolescentes:

 

  • Abuso de mídia digitais e telas.
  • Odores característicos, como perfumes, podem ser gatilhos desencadeantes de crises.

 

Alguns medicamentos apresentam como efeito adverso a dor de cabeça e podem agravar crises de enxaqueca em crianças e adolescentes, destacam-se alguns medicamentos:

 

  • Cimetidina
  • Estrogênio
  • Histamina
  • Hidralazina
  • Nifedipina
  • Nitroglicerina
  • Ranitidina
  • Reserpina
  • Uso prolongado de antiinflamatórios não esteróides

 

Alguns gatilhos psicológicos ou físicos podem estar relacionados a crises de enxaqueca em crianças e adolescentes.  Fatores de riscos psicológicos sao gatilhos para crises de enxaqueca, principalmente quando estão em excesso ou não estão adequadamente controlados, citamos abaixo os principais:

 

  • Estresse
  • Ansiedade
  • Depressão

 

Gatilhos físicos para crises de enxaqueca em crianças e adolescentes também devem ser investigados e considerados e prevenidos, sempre que possível, baixo os gatilhos físicos mais frequentes :

 

  • Fadiga
  • Febre
  • Maus hábitos de sono
  • Refeições irregulares
  • Jejum prolongado
  • Hipoglicemia
  • Desidratação

 

Impacto da Enxaqueca na Vida Escolar e Social

 

A enxaqueca pode ter um impacto significativo na vida escolar e social das crianças e adolescentes. Episódios frequentes de dor de cabeça podem levar à falta de concentração e perda de desempenho acadêmico. Faltar à escola devido às crises de enxaqueca é comum, o que pode resultar em problemas de aprendizagem e atrasos no desenvolvimento educacional.

Socialmente, os jovens com enxaqueca podem se sentir isolados. A dor intensa e os sintomas associados podem limitar a participação em atividades extracurriculares e eventos sociais. A incompreensão por parte dos colegas e professores também pode agravar a situação, levando ao isolamento e até mesmo à depressão e a transtornos ansiosos.

É crucial que pais, professores e amigos compreendam a seriedade da enxaqueca e ofereçam apoio. Ambientes escolares devem ser adaptados para atender às necessidades dos alunos que sofrem dessa condição, garantindo que eles tenham um espaço tranquilo para se recuperarem durante uma crise e flexibilidade nas atividades acadêmicas.

 

Tratamentos e Manejo da Enxaqueca

 

O tratamento da enxaqueca em crianças e adolescentes geralmente envolve uma combinação de abordagens farmacológicas e não farmacológicas. Alem da prevenção dos fatores de risco modificáveis.

 

O que fazer quando uma criança ou adolescente apresenta uma crise de enxaqueca?

 

Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, como paracetamol, dipirona e ibuprofeno podem ser utilizados para aliviar a dor durante uma crise.

Reservamos a ida ao pronto socorro somente quando os medicamentos não controlam dos sintomas da dor ou se a criança esteja desidratada devido vômitos ou má ingesta hídrica e inapetência alimentar durante a crise de dor.

 

O que fazer quando uma criança ou adolescente tem uma dor de cabeça grave nunca presenciada antes?

 

Caso a crianças não tenham um diagnóstico firmado de enxaqueca e, apresente uma dor de cabeça grave, o pediatra do pronto-socorro deve avaliar a presença de quaisquer sinais de alerta que possam ser suspeitos de uma patologia intracraniana e as investigações com exames de imagem são mandatórias se alguma anormalidade for demonstrada durante o exame neurológico.

Para um diagnóstico de enxaqueca devem ser excluídas possíveis causas secundárias a dor, sejam elas inflamatórias, infecciosas, vasculares ou oncológicas.

 

O que é enxaqueca crônica em crianças e adolescentes?

 

A enxaqueca crônica é definida por uma dor de cabeça que ocorre por pelo menos 15 dias em um mês durante pelo menos três meses. Se a dor ocorre em menos de 15 dias durante um mês por pelo menos três meses, ela pode ser definida como ‘’episódica’’

 

 

Existe tratamento específico para crianças e adolescentes na prevenção de crises de enxaqueca?

 

Em casos de crises frequentes e severas podemos prescrever medicamentos específicos para enxaqueca que sejam seguros para esta faixa etária.

Medicamentos preventivos de crises de enxaqueca que são comumente utilizados são os beta-bloqueadores com o propranolol, tricíclicos (amitriptilina e nortriptilina), bloqueadores do canal do cálcio, como a cinarizina, e anticonvulsivantes como o valproato de sódio e o topiramato.

Porém estudos recentes avaliam a resposta dos tratamentos tradicionais e demonstram resultados surpreendentes:

 

Propranolol

Crianças com enxaqueca que recebem propranolol são possivelmente apresentam pelo menos 50% reduções nas crises de cefaleia quando comparadas ao placebo.

 

Topiramato

Crianças e adolescentes com enxaqueca recebendo topiramato são provavelmente mais propensos do que aqueles que receberam placebo a ter uma diminuição na frequência de dias de enxaqueca ou dor de cabeça.

Não há evidências suficientes para determinar se as crianças com enxaqueca que recebem topiramato comparadas ao placebo tenham tido diferenças na redução de 50% na frequência da dor de cabeça.

Crianças com enxaqueca recebendo topiramato possivelmente não são mais prováveis ​​do que aqueles receberam placebo em termos de diminuição da incapacidade relacionada à enxaqueca.

O tratamento com topiramato pode causar falta de apetite, perda de peso, dificuldade de concentração, sonolência ou mesmo comprometimento cognitivo, a depender a dose e da resposta individual de cada criança. Dada a baixa dose administrada no tratamento da enxaqueca, o topiramato pode ser uma boa escolha para a população pediátrica devido à sua eficácia e à baixa frequência de efeitos colaterais.

 

Cinarizina

Alguns medicamentos utilizados para tonturas podem ser utilizados no controle da enxaqueca em crianças. A cinarizina, é um bloqueador do canal do cálcio e apresentam estudos em crianças com enxaqueca.

Crianças com enxaqueca que recebem cinarizina provavelmente maior probabilidade do que aqueles que receberam placebo de ter uma redução na frequência da dor de cabeça

Crianças com enxaqueca recebendo cinarizina são provavelmente mais prováveis ​​do que aqueles que recebem placebo para reduzir a gravidade da dor de cabeça

Crianças com enxaqueca que recebem cinarizina têm possivelmente maior probabilidade do que aquelas que recebem placebo de ter uma redução de pelo menos 50% na frequência de dor de cabeça.

 

Amitriptilina com Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)

 

Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos com doenças crônicas enxaqueca que recebem amitriptilina e TCC têm maior probabilidade do que aqueles que recebem amitriptilina e educação sobre dor de cabeça ter uma redução na frequência da dor de e tem pelo menos uma redução de 50% na frequência de dor de cabeça.

 

 

Quais tratamentos para enxaqueca podem não ter efeitos em crianças e adolescentes?

 

Recomendações recentes que revisaram artigos sobre o tema indicam que existem medicamentos utilizados em adultos que não possuem resposta superior ao placebo em crianças e adolescentes.

Alguns tratamentos com eficácia comprovada em adultos, como o valproato para prevenção de enxaqueca episódica e a onabotulinumtoxina -A para enxaqueca crônica, não demonstraram a mesma eficácia em crianças e adolescentes, e é observada uma maior taxa de resposta pediátrica ao placebo.

 

Amitriptilina como único tratamento

Não há evidências suficientes para determinar se as crianças com enxaqueca que recebem amitriptilina são mais ou menos prováveis do que aqueles que receberam placebo para ter uma diminuição nas crises de enxaqueca e para ter pelo menos uma redução de 50% na frequência de dor de cabeça ou ter uma redução na incapacidade relacionada à enxaqueca.

 

Divalproato de sódio (DVPX ER)

Não há evidências suficientes para determinar se as crianças com enxaqueca que estão recebendo divalproato de sódio de liberação prolongada têm maior ou menor probabilidade do que aqueles que recebem placebo de ter uma redução na frequência da dor de cabeça. Não há evidências suficientes para determinar se as crianças com enxaqueca que estão recebendo DVPX ER são mais ou menos propensas do que aqueles que receberam placebo de ter pelo menos uma redução de 50% na frequência de dor de cabeça.

Além disso, devemos levar em consideração que o divalproato de sódio em meninas em idade fértil apresenta um risco de teratogenicidade com anormalidades fetais durante o seu uso associado a uma possível gravidez não planejada.

 

Flunarizina

Não há evidências suficientes para determinar se as crianças com enxaqueca que recebem flunarizina são mais ou menos prováveis do que aqueles que receberam placebo para ter uma diminuição das crises de enxaqueca.

 

Toxina botulínica (onabotulinumtoxina -A)

Sobre os estudos com o uso de toxina botulínica em crianças e adolescentes para o tratamento da enxaqueca devemos fazer ponderações: existe um número pequeno de pessoas participantes, quando comparamos com estudos em adultos.  Além disso, o estudo realiza apenas um ciclo de tratamento, o que pode limitar as conclusões sobre sua eficácia.

Desta forma, não é recomendado de rotina o uso de toxina botulínica como tratamento preventivo de enxaqueca em crianças e adolescentes. Mais pesquisas com ensaios multicêntricos, duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo com pelo menos 2–3 ciclos de tratamento e um número maior de pacientes é necessário para avaliar a eficácia e segurança a longo prazo na população pediátrica.

 

Estas condiderações atuais servem de alerta e uma interrogação sobre quais são as melhores condutas medicamentosas em crianças e adolescentes. Além disso leva em conta as diferenças entre a manifestação da enxaqueca entre a população pediátrica e a população adulta.

 

Podemos usar Anticorpos monoclonais anti-CGRP para o tratamento de enxaqueca em crianças e adolescentes?

 

O CGRP é um potente neuropeptídeo vasodilatador que também induz inflamação neurogênica. É expresso pelos neurônios do gânglio trigêmeo e liberado de seu nociceptivo fibras nas meninges e espaços perivasculares durante crises de enxaqueca.

Os produtos disponíveis no brasil são:

Erenumabe (Pasurta) – descontinuado, até o momento, pela marca

Fremanezumabe  (Ajovy )

Galcanezumabe (Emgality)

Apesar de não serem recomendadas na bula para o uso na população pediátrica, os estudos mostram que sua eficiência parecida com o uso em adultos.

Especialistas recomendam considerar o uso de anti-CGRP em adolescentes pós-púberes com enxaqueca severas (ou seja, ≥8 dias de dor de cabeça por mês, ≥2 intervenções preventivas anteriores testadas que se mostraram ineficazes).

 

 

A importância do acompanhamento psicológico para crianças e adolescentes que sofrem de enxaqueca

 

 

Uma parte importante do tratamento profilático na enxaqueca pediátrica é o apoio psicológico que deve ser dado a cada criança, a fim de ter um paciente aderente ao tratamento, sem quaisquer distúrbios emocionais adicionais que possam surgir tanto da pressão do tratamento diário como da vulnerabilidade e fragilidade emocional que caracterizam estas categorias etárias específicas.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado uma ferramenta útil para jovens com enxaqueca. A TCC pode ajudar os pacientes a desenvolverem estratégias para lidar com a dor e o estresse, melhorando a sua qualidade de vida. A participação ativa dos pais nesse processo é importante para proporcionar um ambiente de apoio e compreensão.

Em crianças e adolescentes com enxaqueca que apresentam transtornos de humor e ansiedade associados, os médicos devem discutir opções de manejo medicamentoso associado para esses transtornos.

Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos com enxaqueca que recebem amitriptilina e TCC são provavelmente mais prováveis ​​do que aqueles que recebem amitriptilina e educação sobre dor de cabeça para ter uma redução na incapacidade relacionada à dor de cabeça.

 

Além de medicamentos, o que mais podemos fazer para a prevenção de crises de enxaqueca em crianças e adolescentes?

 

Além dos medicamentos, mudanças no estilo de vida podem ser eficazes na prevenção das crises.

A acupuntura também pode ser indicada em crianças maiores e adolescentes apresenta uma ótima resposta no controle das crises.

Além disso, manter uma rotina regular de sono, alimentação saudável e prática de exercícios físicos são fundamentais. Técnicas de relaxamento, como ioga e meditação, também podem ajudar a reduzir o estresse e, consequentemente, a frequência das crises.

 

Qual a probabilidade de uma criança e adolescente com enxaqueca ter sintomas na vida adulta?

 

Indivíduos com histórico familiar de enxaqueca correm maior risco de desenvolver enxaqueca, e o sexo feminino é um fator de risco de enxaqueca que persistente na idade adulta. Aproximadamente 25% das crianças estarão livres de enxaquecas aos 25 anos.

Mais da metade das meninas ainda terão dores de cabeça aos 50 anos de idade.

A enxaqueca tem múltiplas fatores comportamentais que influenciam a frequência da dor de cabeça. Cefaleia recorrente em adolescentes está associada a excesso de peso, uso de cafeína e álcool, falta de atividade física, maus hábitos de sono e exposição ao tabaco, a persistência destes hábitos na vida adulta aumenta o risco e a chances da enxaqueca se manter na vida adulta destas crianças e adolescentes.

 

 

Considerações Finais

 

A enxaqueca em crianças e adolescentes é uma condição real e desafiadora que exige atenção e tratamento adequados. Compreender os sintomas, identificar os gatilhos e buscar um diagnóstico preciso são passos fundamentais para manejar a doença. O impacto na vida escolar e social pode ser significativo, mas com o apoio adequado de pais, professores e profissionais de saúde, é possível melhorar a qualidade de vida dos jovens afetados.

Tratamentos combinados, que incluem tanto abordagens farmacológicas quanto mudanças no estilo de vida, são essenciais para o manejo eficaz da enxaqueca. A terapia cognitivo-comportamental também pode ser uma ferramenta valiosa nesse processo. Com o tratamento correto e o apoio necessário, crianças e adolescentes com enxaqueca podem levar uma vida mais saudável e produtiva, reduzindo as chances de manterem a doença na vida adulta.

Identificação e prevenção de fatores que contribuem para o risco de dor de cabeça podem reduzir a frequência da enxaqueca. A depressão é associada a enxaqueca é a maior incapacidade relacionada a dor de cabeça em adolescentes.  Além disso, perda de peso pode contribuir para a redução da dor de cabeça em crianças que estão acima do peso.

A conscientização sobre a enxaqueca em jovens é crucial para desmistificar a condição e promover um ambiente de apoio. Pais e educadores devem ser informados sobre como identificar e ajudar jovens que sofrem de enxaqueca, garantindo que eles recebam o cuidado e o suporte de que precisam.

 

Artigos sobre o assunto:

 

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Oskoui M, Pringsheim T, Holler-Managan Y, Potrebic S, Billinghurst L, Gloss D, Hershey AD, Licking N, Sowell M, Victorio MC, Gersz EM, Leininger E, Zanitsch H, Yonker M, Mack K. Practice guideline update summary: Acute treatment of migraine in children and adolescents: Report of the Guideline Development, Dissemination, and Implementation Subcommittee of the American Academy of Neurology and the American Headache Society. Headache. 2019 Sep;59(8):1158-1173. doi: 10.1111/head.13628. PMID: 31529481.

 

“CD005220.PUB2″,”Richer, L; Billinghurst, L; Linsdell, MA; Russell, K; Vandermeer, B; Crumley, ET; Durec, T; Klassen, TP; Hartling, L”,”Drugs for the acute treatment of migraine in children and adolescents”,”Cochrane Database of Systematic Reviews”,”2016″,,”4″,”John Wiley & Sons, Ltd”,”1465-1858″,”Acetaminophen [therapeutic use]; Adolescent; Analgesics, Non-Narcotic [*therapeutic use]; Child; Dihydroergotamine [therapeutic use]; Humans; Ibuprofen [therapeutic use]; Migraine Disorders [*drug therapy]; Serotonin Receptor Agonists [adverse effects, *therapeutic use]; Time Factors; Tryptamines [*therapeutic use]”,”10.1002/14651858.CD005220.pub2″,”https://doi.org//10.1002/14651858.CD005220.pub2″,”Pain, Palliative and Supportive Care”

 

VanderPluym JH, Victorio MCC, Oakley CB, Rastogi RG, Orr SL. Beyond the Guidelines: A Narrative Review of Treatments on the Horizon for Migraine in Children and Adolescents. Neurology. 2023 Oct 31;101(18):788-797. doi: 10.1212/WNL.0000000000207677. Epub 2023 Aug 21. PMID: 37604658; PMCID: PMC10634646.

Teleanu RI, Vladacenco O, Teleanu DM, Epure DA. Treatment of Pediatric Migraine: a Review. Maedica (Bucur). 2016 Jun;11(2):136-143. PMID: 28461833; PMCID: PMC5394581.

 

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Dra. Giana Kühn
A Dra. Giana Flávia Kühn é uma neurocirurgiã especializada em neurocirurgia funcional e tratamento de dores crônicas. Dra. Giana se dedica a oferecer cuidados de alta qualidade utilizando técnicas avançadas e inovadoras. Com um compromisso constante com a atualização e o aprendizado, ela visa proporcionar alívio duradouro e melhorar a qualidade de vida de seus pacientes. Atualmente, atende em São Paulo, onde oferece um atendimento humanizado e personalizado.
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Dra. Giana Kühn
A Dra. Giana Flávia Kühn é uma neurocirurgiã especializada em neurocirurgia funcional e tratamento de dores crônicas. Dra. Giana se dedica a oferecer cuidados de alta qualidade utilizando técnicas avançadas e inovadoras. Com um compromisso constante com a atualização e o aprendizado, ela visa proporcionar alívio duradouro e melhorar a qualidade de vida de seus pacientes. Atualmente, atende em São Paulo, onde oferece um atendimento humanizado e personalizado.

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